O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve, nesta sexta-feira (11), a prisão preventiva de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, investigado por ataques à Corte, aos respectivos magistrados e a políticos.
Rejane aparece em um vídeo ameaçando ministros do Supremo e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Em um dos trechos da gravação, ele ameaça "pendurar" os ministros "de cabeça para baixo" e convoca outras pessoas para invadirem o Supremo e colocar os magistrados para fora do Brasil.
Para o ministro, o andamento da investigação e o atual momento do país — com algumas manifestações antidemocráticas reivindicando golpe militar em frente a quartéis — recomendam a manutenção da prisão. Moraes lembrou que, mesmo no dia de sua prisão, Rejane incitou publicamente a animosidade entre Forças Armadas e demais Poderes, entre eles o Judiciário.
Além disso, Moraes determinou à Polícia Federal que ouça, no prazo de 30 dias, as seis pessoas que mantiveram contato com o investigado na época dos fatos investigados. A corporação deve, ainda, identificar e ouvir os participantes do grupo de Telegram intitulado 'Caçados de ratos do STF', diante da suspeita da ocorrência do crime de organização criminosa.
O investigado pediu o relaxamento da prisão preventiva ou a substituição por medidas cautelares. No entanto, Moraes avalia que a gravidade da conduta de Rejane e o risco concreto de 'reiteração delitiva' justificam a manutenção da prisão para a garantia da ordem pública.
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