A morte do deputado estadual Silvio Fávero, em 13 de março deste ano, abalou os colegas de Parlamento. Defensor ferrenho do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele faleceu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19, aos 54 anos de idade.A morte do parlamentar, no entanto, fez com que o primeiro e o segundo suplentes, o pecuarista Gilberto Cattani e o empresário Emílio Populo, da Viação Juína, ambos do PSL, travassem uma guerra pela cadeira.
Populo afirmava que Cattani não poderia assumir a vaga porque havia deixado o PSL e se filiado ao PRTB. O pecuarista, por sua vez, alegava que já havia retornado ao partido. Cindo dias depois do falecimento de Fávero, o martelo foi batido e Cattani assumiu a vaga.
Na posse, ele usou uma máscara com uma foto do presidente Jair Bolsonaro, deixando já claro o seu posicionamento político na Casa. Em seu discurso, disse que se inspira no líder brasileiro.
De lá para cá, foram vários os embates travados em sua luta pelo conservadorismo, seja com os professores, com os políticos de esquerda ou com a população LGBTQIA+.
Entre os projetos apresentados está o “Escola Sem Partido”, que pretendia autorizar os alunos a filmares os professores em sala de aula se o aluno quiser filmar o professor fazendo “algo ilícito”.
O intuito seria inibir principalmente propagação de conteúdo ideológico de esquerda nas escolas bem como o ensinamento de “conduta moral – especialmente moral sexual – incompatíveis com os que lhes são ensinados por seus pais ou responsáveis”.
Um projeto que proíbe o uso de linguagem neutra ou não binária nas escolas de Mato Grosso, também proposto por Cattani, causou embates na Casa. Em sua defesa, o parlamentar bolsonarista afirmou que a adoção da linguagem seria forma de “destruir a gramática” vigente.Nas redes sociais, chacota com identidade de gênero e post considerado homofóbico fizeram com que o deputado entrasse para a “lista negra” da população LGBTQIA+. Na sequência, travou embates na Casa ao se posicionar contra a implantação do Conselho LGBTQIA+ no Estado, alegando que isso ia contra os valores da família.
O comportamento de Cattani fez com que ele inclusive fosse representado na Comissão de Ética da Casa em junho deste ano.
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