Por conta da suspeita de um esquema de propina de R$ 4,4 milhões, a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Mendes, abriu um processo criminal no qual o ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, e o ex-deputado estadual José Domingos Fraga são acusados pelo Ministério Público Estadual (MPE) de favorecer ilegalmente com incentivos fiscais à empresa Clari Participações e Administrações Societárias LTDA, que possui sociedade com a empresa Navi Carnes. Também virou réu na ação penal a ex-diretora da Fecomércio (Federação do Comércio), Karla Cecília de Oliveira Cintra.
Os crimes atribuídos são de corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa ocorridos no período de 2012 até dezembro de 2015.
A denúncia narra que Silval Barbosa, Pedro Nadaf e José Domingos Fraga agiram criminosamente por, no mínimo, 120 vezes, com o intuito de levantar o dinheiro de propina com os empresários para obter incentivos fiscais. A propina seria cobrada diretamente aos empresários Osmar Capuci e José Clarindo Capuci.
A primeira quantia paga em propina foi de R$ 900 mil para concessão de um incentivo fiscal de R$ 900 mil. Em outra situação, a empresa pagou uma propina de R$ 3,5 milhões para ser favorecida com o abatimento de impostos na ordem de R$ 5,5 milhões. O papel de Karla Cecília de Oliveira Cintra, tida como pessoa de confiança do ex-secretário Pedro Nadaf, era de ocultar a origem da propina e promover a lavagem do dinheiro.
Silval Barbosa foi o primeiro ex-governador do Brasil a firmar delação premiada. Atualmente, responde aos processos em liberdade. A mesma situação é a de Pedro Nadaf. Já o ex-deputado estadual José Domingos Fraga é secretário parlamentar da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, com salário mensal de R$ 22.455,68 mil.
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