Morte do enfermeiro Antônio Damião de Juína deixa comunidade indígena comovida

Um grande profissional da saúde do município de Juína, MT, que faleceu na última quarta-feira, também foi lembrado pelas comunidades indígenas Cinta Larga e Rikbaktsa.

Em entrevista, os líderes das etnias lamentaram profundamente e se emocionaram pela morte precoce do enfermeiro Antônio Damião Da Cruz, que tinha 52 anos.

O indígena Jair Rikbaktsa falou sobre a tristeza que sua comunidade está sentindo, pois, o enfermeiro além de ser um excelente profissional, era um grande amigo e parceiro, chegando a ser comparado como um pai para a comunidade indígena, que se sente perdida com a morte do enfermeiro Antônio.

Assis Cinta Larga representando sua etnia, também deixou os sentimentos de pesar pelo falecimento do enfermeiro e amigo, que sempre batalhou pela saúde indígena com amor e dedicação, deixando a comunidade muito abalada e triste, e com a incerteza de que haverá um outro profissional que faça um trabalho como enfermeiro Antônio fez.

Também concedeu entrevista Fernando Rikbaktsa   líder indígena e funcionário da CASAI, visivelmente ressaltou que o enfermeiro fez um grande trabalho junto a saúde indígena, que perdeu além de um ótimo profissional, um ser humano que não media esforços para realizar seu trabalho com eficácia de forma que atendesse a todos sem distinção de raça, etnia, cor, ou religião, era um guerreiro que deixou toda comunidade indígena em luto.

A enfermeira Sidimara Cristina Dos Santos coordenadora das equipes de áreas da saúde indígena, também conversou com o Juína News e explicou sobre a comoção e gratidão das comunidades indígenas em relação a morte do enfermeiro Antônio Damião, que era um homem de princípios que muito contribuiu para  a saúde indígena no município de Juína, sendo um apaziguador de várias situações, onde por várias vezes, o enfermeiro deixava sua vida pessoal de lado para ajudar e buscar soluções nas causas da saúde indígena, partiu deixando um legado sobre trabalho humanizado e com uma eficácia sem igual, pois não distinguia classes, viveu para ajudar pessoas, onde cada ser humano era visto de forma igualitária e sempre lutando para resolver as burocracias da saúde, agilizando vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) e muitos outros procedimentos que ajudaram muito na saúde indígena.

Além de enfermeiro na Casa de Saúde Indígena (CASAI), Antônio Damião também trabalhava no ambulatório municipal junto ao CTA de Juína, onde seu trabalho também será lembrado com muita gratidão pelos pacientes que foram atendidos por ele e pelos colegas de trabalho que lamentaram com tristeza sua morte.

O corpo de Antônio Damião foi sepultado próximo das 16h de ontem no cemitério municipal São Francisco De Assis.