Proprietário da BIG STORE questiona fechamento da empresa em Juína

Na sexta-feira o Procon da cidade de Juína, MT, lacrou a empresa Big Store por estar funcionando em desacordo com a legislação municipal sendo multada em 10 mil reais, conforme informou o órgão na cidade.

A empresa poderá a voltar funcionar no município somente após um TAC ser firmado com o MPE. Hoje, o proprietário da empresa senhor Vilmar Wommer, conhecido como “Gaúcho do chapéu”, conversou com site Juína News, e disse estar bastante decepcionado com um servidor do PROCON Juína, que fechou sua loja alegando que ela estava funcionando em desacordo com o decreto municipal, levando a empresa a emitir um comunicado em redes sociais relatando que um gerente da empresa foi chamado de “burro” pelo servidor do PROCON.

O empresário relatou que andou pela cidade e se deparou com vários comércios do mesmo segmento que o seu aberto e em pleno funcionamento, fato que no entender do empresário é correto, haja vista que os comércios não são os responsáveis pela transmissão e disseminação do vírus, e ainda questionou a intervenção da promotoria no decreto municipal, onde segundo o questionamento dele as normas contidas no decreto são de responsabilidade dos governos federais, estaduais e municipais, onde o MPE deve reaver seus conceitos avaliativos a fim de não interferir em decisões que não lhe cabe.

O proprietário da loja procurou o departamento jurídico da prefeitura municipal de Juína e entrou com um recurso para anular a multa que lhe foi aplicada e também para reaver o direito de reabrir sua loja que possui outras 16 unidades no estado de Mato Grosso, onde somente na cidade de Juína, teve problemas com seu comércio.

O outro lado

Procurado pelo Juína News o coordenador do PROCON de Juína, Luiz Paulo Tiepo rebateu as acusações e ressaltou que na sexta-feira notificaram todas as lojas que se enquadraram no fechamento do comércio considerado de serviço não essencial, onde na sexta-feira a loja BIG STORE foi notificada pela manhã através de um funcionário que estava respondendo pela unidade da loja de Juína, onde a loja foi fechada e as vendas passaram a ser de forma “pegue e leve”, conforme orientações contidas no decreto, entretanto, na parte da tarde uma denúncia chegou ao coordenador do PROCON  informando que a referida loja estava atendendo clientes no interior da loja, fato que levou o senhor Luiz Paulo a voltar no estabelecimento e constatar que havia pessoas fazendo compras do lado de dentro da loja, onde ao ser questionado os funcionários alegaram que era uma ordem vinda da matriz da empresa que fica na cidade de Sinop para que a loja fosse reaberta e atendesse as pessoas, fato que gerou uma multa no valor de R$ 10.000.00 pelo descumprimento da lei do decreto.

Luiz Paulo negou que tenha ofendido quem quer que seja chamando de “burro”, cabendo ao acusador apresentar provas, e lamentou a situação ocorrida.

O coordenador adiantou ainda que durante os primeiros dias do decreto em vigor, muitas denúncias têm chegado até o PROCON, e muitas denúncias de festas clandestinas foram registradas e as pessoas dispersadas e multadas, como também houveram muitas denúncias infundadas que não passavam de rixas de vizinhos que não cabia a intervenção da fiscalização.